VÍDEO: missa pelas redes sociais e bênção nos veículos marcaram a 77ª Romaria da Medianeira

Natália Müller Poll e Roberto do Espírito Santo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A 77ª Romaria da Medianeira teve agilidade para evitar aglomeração e uma pontualidade tão grande que a saída da imagem para a Basílica aconteceu um pouco antes das 9h da manhã deste domingo, da Catedral Metropolitana. Seguida por automóveis até o Parque Santuário, a carreata religiosa teve no caminhão de som o padre Ruben Natal Dotto, entoando as canções religiosas das procissões a pé. O percurso de pouco mais de dois quilômetros, que normalmente se leva mais de uma hora, no domingo foi vencido em menos de sessenta minutos. Em 2020, o evento religioso se caracterizou pela sua transmissão e acompanhamento pelas redes sociais. Entre a página do Facebook do Diário, e as páginas da Arquidiocese, Devotos e Santuário, foram 134,3 mil visualizações até as 16h de domingo, sendo que 111 mil na da procissão e 23,3 mil da missa. Outras milhares assistiram à Romaria pela Rede Vida de Televisão.


A imagem da mãe Medianeira estava numa camionete menor, atrás do caminhão de som, cuidada pelos guardiões Elson Santos, Pedro Almeida, Francisco da Silva e Carlos Ventura. O comboio também teve os servidores do Departamento Municipal de Trânsito e Brigada Militar. Nas calçadas, a pé, algumas centenas de pessoas acompanhavam a carreata, a maioria com máscara.

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Ansiosos para agradecer a graça pela saúde do filho João Artur, estavam nas proximidades da Catedral os pais Luciano Bassan e Rita Oliveira Bassan. O menino nasceu prematuro de 34 semanas e teve de ficar internado por mais de um mês. Já Rita teve de ficar 45 dias internada no hospital.

- Viemos, hoje, agradecer a Medianeira - definiu Luciano.

Na mesma situação, estavam a filha Débora Pereira e a mãe Ivone Pereira. Elas foram orar para Medianeira a graça da filha ter conseguido concluir a especialização na área da Educação. 

Caminhando a passos rápidos na Rua do Acampamento, quase na esquina com a Avenida Presidente Vargas, o aposentado João Marques queria garantir ainda um lugar na missa principal, das 10h, apesar de não ter ficha para entrar. Ele conta que estava agradecendo a graça pelo emprego de uma das filhas.

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Após entrar na Avenida Medianeira, a carreata com a imagem de Nossa Senhora já contabilizava um número expressivo de veículos. Em alguns trechos, era saudada por fiéis nas sacadas e janelas de apartamentos, ou ainda em frente de residências. Diferente de outros anos, o percurso com a imagem foi estendido até a rótula do antigo Expresso Mercúrio, fez o retorno e chegou ao Parque Santuário sendo recebida por outro grupo de fiéis.

BENÇÃO NOS VEÍCULOS
Já dentro do Santuário, Medianeira foi conduzida até próximo ao altar monumento em cima da camionete. Quando passavam em frente da imagem, os automóveis e seus ocupantes recebiam uma benção com água benta por dois beatos. Um de cada lado da pequena ruela dentro do Parque, João Manuel e Luiz Feliciano permaneceram por quase uma hora jogando pequenas gotas de água nos carros e motocicletas. Luiz Feliciano veio de Tupanciretã para a festa religiosa, e João Manuel atua na paróquia das Dores em Santa Maria. Ele conta que trabalha há várias romarias, mas essa foi diferente pelo ineditismo da pandemia. 

Além da Basílica, um bom movimento também foi registrado nos pavilhões onde eram comercializados doces, pastéis, galeto e risoto. A organização do evento religioso informa que esse ano foram feitos 18 mil doces, ao invés dos 50 mil em romarias normais. De galeto foram 400 quilos, e outros 800 quilos de carne bovina. Foram comercializadas em torno de 1.200 marmitas de risotos e vendidos, aproximadamente, 2 mil pastéis.

A lojinha de lembranças do Santuário precisou montar uma equipe de 12 pessoas para atender a demanda. Ali, os fiéis encontravam velas, camisetas, cuias, pequenas imagens, terços, chaveiros. As amigas Daiane Guterrez e Milena Weind compraram fitinhas do evento deste ano e contam que foram para agradecer uma graça.

A MISSA NA PORTA
Sem conseguir lugar entre as 350 acomodações da Basílica para assistir a missa principal, o jeito foi rezar do lado de fora mesmo. Ali, era possível ouvir a celebração religiosa. A cachoeirense Iamara Nascimento, de 55 anos e dona de casa, estava acompanhada do marido Adelar, e dos filhos Miriane, Antonio Matias e Haniel. Ela diz que veio rezar por estarem com saúde. 

- Vim agradecer a força que Deus nos dá e até as dificuldades para nos levantarmos e ficarmos melhor - ressalta.

A fiel Celina Dutra, de 78 anos, salienta que tem a idade da procissão e que veio orar pela família.

- Fiquei casada 52 anos, tenho quatro filhos e duas netas. Andei meio doente esses tempos, mas agora estou bem - disse ela.

Ali perto, José da Silva, de 50 anos, foi na Romaria por uma tradição de família, para rezar pela saúde de todos em função da pandemia e, especialmente, pelas famílias das vítimas.

Conforme Fernanda Noal, coordenadora do grupo da prefeitura que fiscalizava o uso de máscaras, apenas duas pessoas precisaram ser alertadas para corrigir o uso do equipamento de proteção. 

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